O nome “Deusa” vem da busca da auto estima baseado na espiritualidade afro-brasileira, como o Candomblé, onde os “Deuses”, ou Orixás, são pessoas comuns e acessíveis que deixaram seu legado na Terra. O “Deusa Cientista” surge das suas inquietações a respeito da comunidade científica e se deparar com uma ciência ainda enraizada em uma tradição de negação da existência de negros, indígenas, mulheres e outros corpos oprimidos e entender que o conhecimento é um caminho poderoso para mudar esse cenário.
Em 2020 após a fundadora Kananda Eller se formar em Química e pesquisar sobre formação de professores de Química e educacao das relacoes étnico raciais, após essas reflexões e não se sentir representada na ciência, em um contexto pandêmico, Kananda postou seu primeiro vídeo sobre “mulheres negras nas ciências: ocupe todos os espaços”. Continuando esse percurso e destacando vídeos que discutiam a importância e existências de mulheres negras nas ciências, a ciência produzida no continente africano, dentre outros temas, teve o seu conteúdo compartilhado por personalidades.
Em 2020, Kananda Eller foi indicada à premiação do TikTok Awards em 2021, eleita a Baiana do ano na Ciência pelo jornal Correio da Bahia no mesmo ano, palestrou no Tedx Talk e se tornou a primeira criadora de conteúdo a ser conselheira do Conselho Consultivo de Segurança do TikTok. Kananda iniciou esse trabalho sozinha e com o passar dos anos teve diversos colaboradores. A Deusa Cientista é uma instituição com colaboradores e colaboradoras que participam direta ou indiretamente, do propósito de divulgar ciência combinando fatos verídicos de saberes científicos, saberes ancestrais de comunidades marginalizadas de referência ancestral presente no mundo.